quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Conquista

     Ultimamente tenho escrito muitos textos explicando ou expressando o quanto amo escrever, apenas uma metalinguagem formada por palavras soltas e muitas vezes sem sentido algum. Gostaria de redigir textos mais sólidos, fatos e críticas, mas as coisas da vida tem me tirado algumas percepções detalhistas que sempre tive do mundo. Pouparei minhas tolas desculpas pela ausência de inspiração e desse emaranhado de pensamentos tentarei extrair algo que faça sentido.
     Não vou falar de amor, nem de nenhuma especificidade emocional em si. Quero ater-me a um singelo e sofrido, porém feliz sentimento de conquista. Isso mesmo, uma conquista. Ainda faço mais uma ressalva: quero deixar bem claro que não escrevo nada encorajador, nem ouso buscar frases de auto-ajuda, auto-estima ou qualquer um desses autos que viraram modinha e fazem de alguns "especialistas" a referência da psicologia moderna que servem de tratamentos para neuroses, depressões e blá blá blá (E ainda mais quem sou eu para ousar?).
     Essa conquista de que eu falo vai muito além daquele velho sorrisinho que se estende quando a gente simplesmente consegue o que quer ou muito mais ainda do ato de seduzir algo ou alguém. A conquista consiste no resultado de esforços e lutas. É quando a gente dá o máximo de si em prol de algo e confiantes ou não esperamos uma resposta, uma solução. É quando toda nossa vida é depositada numa única escolha que mudará o rumo de tudo e torcemos para que as coisas saiam conforme nossa vontade e mesmo que ocorra o inverso, tentamos ser criativos ao máximo e fazermos da situação desfavorável um modo muito mais sutil e agradável de se viver.
     Eis o que mais me encanta: a criatividade. Como é possível pegar todo o resultado de uma perda e transformá-la em uma vitória, uma conquista? Penso também que essa é uma característica, querendo ou não, de nós: trabalhadores brasileiros.
     Como é viver em um país onde impera a imoralidade, corrupção, desigualdades, preconceitos, exclusões, aquele velho jeitinho que se dá em tudo e tantos outros fatores que resultam em opressões e ainda sim temos as pessoas mais calorosas, solidárias e alegres desse mundo? Como é que um grande percentual de nós consegue sobreviver com uma renda de apenas 1 salário mínimo e sustentar toda a família, sem deixar faltar alimentação, vestimentas e tudo o que de necessidade básica? A única resposta que obtive é a de que não existe povo mais criativo do que o brasileiro e que faz de todas essas mazelas e terríveis condições de se viver, uma conquista diária.
      E é em um conceito totalmente distorcido e oposto a qualquer definição que eu posso tentar compreender o que vem a ser a verdadeira conquista.


Thalita Céli.
     E foi entre vírgulas que tudo ficou assim... Sem rumo, restando apenas as reticências entre uma grande distância de pensamentos e sentimentos que antes eram trocados com avassaladores olhares.
     E foi assim, depois daquele gelado silêncio, após frias palavras que você foi embora.


Thalita Céli.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A linguagem e os vagos pensamentos de uma comunicadora iniciante

     Hoje eu não vim falar de poesias, nem escrever versos, nem ao menos subjetivar palavras como expressão dos meus sentimentos. Hoje, quero comentar algo que me incomoda e que tenho pensado muito esses dias antes de falar sobre qualquer coisa: a minha linguagem, o meu modo de me expressar.
     Todos crescemos e assimilamos a cultura que nos rodeia, seja nas variações linguísticas como em inúmeros aspectos formadores do nosso caráter. Permita-me delimitar-me esse assunto apenas às variantes da nossa língua no quesito chamado de comunicação.
     É certo que, como comunicadores, precisamos escrever adequadamente, falar com uma linguagem de fácil compreensão à determinado público e buscar, antes de tudo, conhecimento e informação à cerca daquilo que iremos abordar. Esse é o requisito básico da arte de comunicar.
     Quando falo das variantes linguísticas, quero deixar bem claro que acho bastante inválida a questão de jornalistas televisivos locais terem que passar por sessões de fonoaudiologia exclusivamente para eliminarem sotaques e expressões da nossa região, simplesmente para adotar uma oralidade advinda do sul/sudeste do país. Acredito eu que não é necessário adquirir um padrão de linguagem para ter êxito na comunicação. É claro que deve haver uma formalidade e adequação da nossa língua, mas é completamente desnecessária a ideia de chamar, por exemplo, a macaxeira de mandioca ou aipim só pra mostrar "classe" ou que esse é o modo mais correto de falar. Tudo isso em um lugar onde as pessoas tem uma diversidade linguística imensa e que, ao meu ver, é muito rica e deveria ser explorada e usada como orgulho de suas raízes.
     Isso é ser poliglota na sua própria língua e não padronizar um tipo de linguagem em um país demasiadamente grande e com uma enorme variedade cultural de expressões linguísticas. Escrever textos pedantes e com palavras rebuscadas não é comunicar. As palavras estão aí para serem usadas com criatividade, sabedoria e veracidade, não como forma de exaltação pessoal em querer demonstrar ser o dominador e mestre por excelência da tão complexa língua portuguesa.

Thalita Céli.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Rabiscos

Enquanto o tempo não passa eu escrevo meros textos. A semelhança deles para essa tal cronologia está na sua efemeridade. As palavras aqui escritas ou ditas não importarão mais amanhã, talvez não terão valor nem ao menos daqui há uma hora.
É a ansiedade o combustível dessas letras, é a vontade de não querer senti-la que resulta em um simples desejo de escrever esses rabiscos, outrora escritos ilegivelmente, em um bloquinho de anotações de uma estudante de jornalismo. 
Olho a minha volta e vejo muitos iguais a mim, correndo atrás daquilo que mais sonham na vida. Pessoas que vivem o agora de uma forma tão corriqueira que esse agora já se tornou um pretérito mais que imperfeito.
E eu registro este momento como uma foto intensa e antitética, como algo que vagarosamente passará.



Thalita Céli.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vãs poesias

Às vezes sinto que estou definhando... Gostaria de voltar ao velho hábito de escrever as minhas vãs poesias.
São as minhas palavras o meu consolo, a minha alegria... E é isso que me faz bem: juntar as letras que emanam da minha mente e chamá-las de minha poesia, meu pensamento.

Gosto dos meus simplórios versos e isso basta!


Thalita Céli.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dois olhos...

Calmos e pairados no nada deixam escapar a dor, o cansaço e a solidão. 
Esses lindos olhos arredondados demonstram  o quanto tudo é árduo, o quanto tudo é difícil.
Criam uma redoma para si, escondem-se nos seus mistérios. 
Ninguém consegue desvendar o preço das olheiras que os envolvem encobrindo o cintilante, a alegria, o sorriso que esse par de olhos pode dar.
Ocultam lágrimas não derramadas, sensibilidade não permitida. 
Olhos que preferem não responder a razão. 
Dois lindos olhos que não conseguem enxergar o valor que têm... 
A vida, o tempo, as obrigações os fizeram olhar apenas para o que é sólido, sem tempo para o substancial, o essencial. 
Dois olhos pairados no nada e eu, ao observá-los, senti sua dor, seu cansaço, sua solidão. 
Olhos dos quais sou, em parte, dependente e eternamente grata por carregar nos meus olhos seus genes.
Esses dois olhos continuam a me ensinar e sempre serão o motivo do que hoje eu sou.


Thalita Céli.

A lista das coisas que preciso:



Preciso de doses de metáforas, hipérboles, paradoxos, criatividade, neologismos...
Preciso de novos significados, novas palavras.
Preciso de uma "Ultima Crônica" como a de Fernando Sabino.
Preciso rir como o poeta que riu de todos e por alguns segundos foi feliz.
Preciso da ousadia do digníssimo Machado.
Preciso de muitos Suspiros poéticos e Saudades.
Preciso falar da véspera do Escarro.
Preciso de um Soneto de Fidelidade.
Preciso do romantismo de Alencar.
Preciso das metáforas insólitas de Lispector.
Preciso do plano da imaginação de Nelson Rodrigues.
Preciso da Morte e Vida Severina.
Preciso dos Pronominais de Oswald de Andrade.
Preciso ir-me embora pra Pasárgada.

Thalita Céli

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Meia Década ao seu lado:


Por que não dizer 5 anos? Porque 5 anos são apenas 5 anos, passam rápido, contam-se nos dedos da mão. Já meia década hiperboliza todo e qualquer tempo, sentimento e afeto. Não é exagero, é simplesmente a intensidade com que amo você e que prometo passar o resto de minha vida ao seu lado. Não quero um que seja infinito enquanto dure, mas que dure o infinito!!
Isso é o pouco do que posso expressar diante de tão grande amor que sinto, mas o suficiente para tudo o que iremos enfrentar por mais anos e anos juntos.






♥ Thalita e Rodrigo ♥