terça-feira, 27 de março de 2012

O nascimento das coisas que eu escrevo:


      Loucura? Alta madrugada, não consigo dormir e vem aquela vontade louca de escrever, seja coisa boa ou ruim, é algo que doma meu sono. Não importa o quanto estou cansada. Eu fico brigando com meu cérebro para não pensar em nada e já pensando, começo a formular um texto muito louco. Na mesma hora a vontade é de levantar e anotar porque sei que vou me esquecer depois que dormir... E penso: são 4:00 hrs da manhã e às 6:00 eu tenho que acordar, portanto, não vou me levantar para escrevê-lo e não perder mais o tempo que resta do meu sono. Paro e digo para mim: vou dormir, preciso dormir! Na maioria das vezes só consigo pegar no sono após levantar e anotar o texto que está perturbando minha mente, doidinho para ser escrito como um bebê que necessita ser amamentado, não há como ignorá-lo. Esta é a mais complexa Comunicação Intrapessoal que ocorre nas noites em que mais preciso dormir, na qual saem meus melhores textos. O pior é quando necessito escrever um belo texto a qualquer hora do dia, nada flui, exceto nesses momentos de loucura...



domingo, 18 de março de 2012

Formatação


Já que me meti a cronicar, aqui vem mais uma simples e pequena. Vamos ver o que saiu desta vez...



Tivemos nas primeiras aulas de informática da faculdade, atividades sobre formatação de textos no programa do Word. Vi muita gente chiar e reclamar do quanto é chato decorar regras e aprender a mexer de verdade em algo que antes era usado de qualquer jeito. Daí você me pergunta: Sim, o que essas aulinhas têm a ver com isso que você chamou de crônica? Se isso te encoraja a ler o resto do texto, digo: continue a ler e verá. Se não, paciência... Formatar é algo que nem todo mundo sabe fazer e finge não precisar.
Numa noite fiquei pensando até pegar no sono: Como formatar nossas vidas? Assim como para fazer uma boa monografia tem toda aquela formatação com as regras ABNT, a nossa sociedade também exige um padrão de formatação das nossas vidas. Sendo que o padrão que nos é incutido para se viver bem e ser feliz, é demasiadamente impregnado em nossas mentes que nem chiamos em vivê-lo. Simplesmente, seguimos a tendência da nova moda formatando a antiga e achamos que demos um “up” em nós mesmos. Pobre engano nosso! (E como é pobre, chama-se até de pobreza de espírito.)
A verdadeira formatação não consiste em seguir o “bom senso”, em ser sempre o bonzinho, o que agrada a todos, o que encara a vida como um parque de diversões, em ser o jovem revolucionário, em ter bastante dinheiro para esbanjar, em ser o roqueiro, o hippie, o pagodeiro, o politicamente correto, o do contra, o bem visto. Formatar-se é olhar para si e excluir certos “spams” que não condizem com o seu caráter; filtrar o melhor modo de viver sem ser aquele do tipo que “ah, todo mundo faz, eu vou fazer também”.
Resumindo e sem mais arrodeios: formatar-se é passar por um processo de reciclagem moral, onde poucos têm coragem de fazer a sua própria coleta seletiva.


Thalita Céli.