quinta-feira, 28 de junho de 2012

Vãs poesias

Às vezes sinto que estou definhando... Gostaria de voltar ao velho hábito de escrever as minhas vãs poesias.
São as minhas palavras o meu consolo, a minha alegria... E é isso que me faz bem: juntar as letras que emanam da minha mente e chamá-las de minha poesia, meu pensamento.

Gosto dos meus simplórios versos e isso basta!


Thalita Céli.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Dois olhos...

Calmos e pairados no nada deixam escapar a dor, o cansaço e a solidão. 
Esses lindos olhos arredondados demonstram  o quanto tudo é árduo, o quanto tudo é difícil.
Criam uma redoma para si, escondem-se nos seus mistérios. 
Ninguém consegue desvendar o preço das olheiras que os envolvem encobrindo o cintilante, a alegria, o sorriso que esse par de olhos pode dar.
Ocultam lágrimas não derramadas, sensibilidade não permitida. 
Olhos que preferem não responder a razão. 
Dois lindos olhos que não conseguem enxergar o valor que têm... 
A vida, o tempo, as obrigações os fizeram olhar apenas para o que é sólido, sem tempo para o substancial, o essencial. 
Dois olhos pairados no nada e eu, ao observá-los, senti sua dor, seu cansaço, sua solidão. 
Olhos dos quais sou, em parte, dependente e eternamente grata por carregar nos meus olhos seus genes.
Esses dois olhos continuam a me ensinar e sempre serão o motivo do que hoje eu sou.


Thalita Céli.

A lista das coisas que preciso:



Preciso de doses de metáforas, hipérboles, paradoxos, criatividade, neologismos...
Preciso de novos significados, novas palavras.
Preciso de uma "Ultima Crônica" como a de Fernando Sabino.
Preciso rir como o poeta que riu de todos e por alguns segundos foi feliz.
Preciso da ousadia do digníssimo Machado.
Preciso de muitos Suspiros poéticos e Saudades.
Preciso falar da véspera do Escarro.
Preciso de um Soneto de Fidelidade.
Preciso do romantismo de Alencar.
Preciso das metáforas insólitas de Lispector.
Preciso do plano da imaginação de Nelson Rodrigues.
Preciso da Morte e Vida Severina.
Preciso dos Pronominais de Oswald de Andrade.
Preciso ir-me embora pra Pasárgada.

Thalita Céli