quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Sonhos Humanos


      Daqui a pouco amanhece mais um dia... E aqui estou, domada por uma insônia instintiva de  hábitos noturnos. Isso é prejudicial pois às vezes esqueço-me que sou um ser humano desses chamados de "civilizados",  e que meu nicho exige estar de pé antes das 6 da manhã: correndo sofregamente, cambaleando, tropeçando, buscando planos que em mim própria incuti, lutando por meus sonhos...
      É, é disso mesmo que estou tentando falar, dos chamados sonhos! São eles que nos fazem viver constantemente nesse estado acelerado, e é nessa correria que se sente aquela velha força de atrito contrária ao movimento de tudo aquilo que, em nosso ser, arraigamos como  motivo único: a conquista. Ah os sonhos... Palavra tão bonita né? Que, ao pronunciar, é sentido automaticamente a sua leveza e suavidade. Todos têm, ao menos é um dever tê-los. Alguém já me disse uma vez que quem não sonha já está morto, o sonho é o combustível que nos move, nos faz respirar quando tudo quase padece.
      Mas não é bem esta a tradução da simples palavra. Não falo de sonhos como uma utopia, falo no seu poder de domínio sobre os Homos, na sua capacidade de prendê-los e de muitas vezes fazer com que eles cometam todo tipo de aberrações imagináveis e inimagináveis para poder conquistá-los. Bem, gostaria de tirar esse clichê de que sonhar é flutuar nas nuvens, é aquela coisa bonitinha e tudo mais. Não mesmo, principalmente neste habitat de seleção natural.
      Muitas vezes esses sonhos foram a causa de grandes guerras e destruições. O desejo fanático de querer realizá-lo é demasiadamente imensurável que a Sapiência deixa de existir, passando o homem de ser racional ao ser mais irracional que existe nesse planeta. Porque até mesmo do menor dos animais ao  mais feroz não se consegue achar um ser tão estúpido e instintivo como um ser humano.
      Pois bem, são sonhos de todos os tipos que nos invadem, podem ser do mais simples ao mais complexo, do mais bom intencionado ao mais peverso e destrutivo. Todos são sonhos, em todos existem e todos correm louca e desesperadamente atrás deles. E sem esquecer de que... Eles nunca morrem.



Thalita Céli.