segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mãe



Quando nasci, chorei
Um choro de alegria em te ver.
Mesmo pequenina te amei
Ao ver em seu rosto lágrimas a descer.
Em teus braços me acalentei
Eis meu primeiro contato com teu ser.

Crescendo, me ensinastes o significado do amor.
Ao pegar minha mão mostrastes confiança,
Deitada em seu colo sentia teu calor,
Tuas carícias transmitiam-me paz e segurança,
Estavas sempre ao meu lado nos momentos de dor
E a sua calma me trazia a esperança.

Encantavas-me com teu sorriso,
Em ti eu me espelhava em todos os sentidos,
Sua beleza é hoje o que me contagia
E seu conselho é a ponte que me guia.
Provém de ti tudo o que tenho aprendido,
Agradeço a Deus por de ti ter nascido.

És e eternamente serás o meu ar,
A mulher da qual vim a existir,
Diante de tudo, a que sempre irei amar,
A inspiração que jamais deixarei de sentir,
O sentimento mais profundo do meu mar.
És o motivo de tudo o que me faz sorrir.


Thalita Céli. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Não sou


Não sou o que pensam ou dizem
Não sou a flor nem o espinho
A alegria nem a tristeza
O sonho nem o pesadelo
O amor nem o desprezo.
Não sou nenhum extremo
Nenhuma antítese ou comparação
O vazio ou uma canção
Nem um livro de comportamentos.
Não sou o que querem que seja
Nem se pode explicar meu ato,
Nem a lágrima e o sorriso.
Não sou perfeita
Não posso ser analisada
Não sou o que sou
Sou o que posso ser:
Sou o meu sonho.




Thalita Céli.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Fragmentos de uma dor esquecida


     "O sonho que nunca morre é como anestesia em meio ao desespero, por mais que o ardor desta chama seja profundamente intenso, esta válvula de escape existe para preservar a sanidade.
     Ao vagar o olhar em busca de uma saída, nada se consegue, nada se move, nem mesmo em si há forças para respirar. Tudo continua cineticamente inerte e a alma dopada pelo máximo grau de dor não dá ao menos um suspiro, por que até isso corrói obstruindo instantaneamente todos os sentidos vitais.
     A única esperança existente no olhar é o sonho que persiste em um dia libertar-se deste estado vegetativo."




Thalita Céli.

domingo, 12 de setembro de 2010

Homo sapiens sapiens




Homo sapiens sapiens: homem que sabe que sabe.


     Estava estudando sobre a escala evolutiva da espécie humana. Sempre quando lia sobre esse assunto nunca havia parado pra refletir no significado da nomenclatura Homo sapiens sapiens. Notei que filósofos nomearam o ultimo sapiens para mostrar o quanto o homem é ciente de sua sabedoria.
     Será que sabemos mesmo? Se esse saber que sabe é tão lógico, por que a situação é decadente? Por que se sabemos que sabemos de muitas coisas é obviamente claro, como o mundo está em declínio constante?
     Essa sabedoria não explica a causa de tantos conflitos e misérias, nem muito menos essa certeza de saber resulta em consequências agradáveis.
     Ao tentar interpretar, não consegui ver tanta sabedoria nessa espécie nem a conscientização dela, pois, como pode o homem dotado de intelecto degradar instantaneamente não só seu habitat como o de milhões de seres vivos?
     Não há privilégio nenhum de o ser humano receber tal nome, pois ele consegue ser pior do que todos os seres irracionais e nunca utilizará a sabedoria que possui para o que é bom. 
     Na verdade, de nada sabemos... Porque a racionalidade não consiste em auto destruir-se!




Thalita Céli.