terça-feira, 2 de outubro de 2012

A linguagem e os vagos pensamentos de uma comunicadora iniciante

     Hoje eu não vim falar de poesias, nem escrever versos, nem ao menos subjetivar palavras como expressão dos meus sentimentos. Hoje, quero comentar algo que me incomoda e que tenho pensado muito esses dias antes de falar sobre qualquer coisa: a minha linguagem, o meu modo de me expressar.
     Todos crescemos e assimilamos a cultura que nos rodeia, seja nas variações linguísticas como em inúmeros aspectos formadores do nosso caráter. Permita-me delimitar-me esse assunto apenas às variantes da nossa língua no quesito chamado de comunicação.
     É certo que, como comunicadores, precisamos escrever adequadamente, falar com uma linguagem de fácil compreensão à determinado público e buscar, antes de tudo, conhecimento e informação à cerca daquilo que iremos abordar. Esse é o requisito básico da arte de comunicar.
     Quando falo das variantes linguísticas, quero deixar bem claro que acho bastante inválida a questão de jornalistas televisivos locais terem que passar por sessões de fonoaudiologia exclusivamente para eliminarem sotaques e expressões da nossa região, simplesmente para adotar uma oralidade advinda do sul/sudeste do país. Acredito eu que não é necessário adquirir um padrão de linguagem para ter êxito na comunicação. É claro que deve haver uma formalidade e adequação da nossa língua, mas é completamente desnecessária a ideia de chamar, por exemplo, a macaxeira de mandioca ou aipim só pra mostrar "classe" ou que esse é o modo mais correto de falar. Tudo isso em um lugar onde as pessoas tem uma diversidade linguística imensa e que, ao meu ver, é muito rica e deveria ser explorada e usada como orgulho de suas raízes.
     Isso é ser poliglota na sua própria língua e não padronizar um tipo de linguagem em um país demasiadamente grande e com uma enorme variedade cultural de expressões linguísticas. Escrever textos pedantes e com palavras rebuscadas não é comunicar. As palavras estão aí para serem usadas com criatividade, sabedoria e veracidade, não como forma de exaltação pessoal em querer demonstrar ser o dominador e mestre por excelência da tão complexa língua portuguesa.

Thalita Céli.

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