Estava ainda no ultimo ano do colegial quando no intevalo entre as aulas vejo uma linda borboleta. Minha mente foi brilhantemente iluminada por tanta beleza e fragilidade em um simples ato de polinização. Naquele exato momento, comparei a simples borboleta com as palavras. Descobri, então, que as palavras são parte de mim e que vou viver o resto da minha vida em harmonia com elas. Enfim, soube que fui atraída pela escrita.
E você pensa: O que tem haver a borboleta com as palavras? E que loucura é essa de epifania?
Bem, apesar de esta borboleta para muitos significar apenas um bicho pequeno e de pouco valor, para mim trouxe o mais belo exemplo de liberdade. Ao lhe observar, pude deixar-me tocar a alma, e é por mostrar ser frágil que ela se torna forte e penetrante, assim também como as palavras. As palavras deixam-se encantar na mão dos poetas, mas essa entrega só ocorre porque os poetas as amam. Assim também a borboleta ao encontrar-se com o néctar se amam com infinda reciprocidade em um processo chamado polinização. Eis que surge a poesia, os mais belos textos e grandes autores.
Este ato de entrega fervilhou dentro de mim. E diante desta descoberta que chamo de epifania, quis ser como o néctar e deixar-me polinizar pelas palavras. O fato me deixou grandemente maravilhada que escrevi sobre o ocorrido em um post lá atrás chamado: Meras palavras e simples borboletas.
Cada dia que se passa anseio mais ainda em escrever. Esta é a minha entrega.